segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

IIª Oficina de Elaboração de Projetos Culturais

 O Movimento Pró Cultura e o  IFOP - Instituto de Formação Popular e promovem  a 2ª Oficina de Elaboração de Projetos Culturais com ênfase no edital da Lei Municipal de Incentivo a Cultura de Muriaé.

Voltada para a capacitação de agentes culturais do município, a oficina buscará mostrar o que é um projeto cultural e como é o seu processo de elaboração. O objetivo é capacitar estes agentes para inscreverem seus projetos na Lei dentro das exigências previstas pela legislação.

A Oficina será realizada na Biblioteca Comunitária do Bairro Aeroporto, contará com monitores experientes  e  será subsidiada pela prática cotidiana dos coordenadores.  A oficina oferecerá apostila e certificado aos participantes. Os interessados em maiores informações entrar em contato pelos telefones 32 37282129 ou  88488369.




Justificativa

Com a falta de formação técnica na elaboração de projetos, muitos produtores culturais deixam de ter seus projetos aprovados acarretando prejuízos e dificuldades  no desenvolvimento de posteriores ações culturais.

Público alvo

Associações de bairro ou comunitárias, produtores culturais, artístas populares, grupos de teatro, grupos foclóricos, Ongs, Oscips e outros interessados

Objetivos

- Promover,  o conceito da elaboração de projetos culturais destinados à captação de recursos via Lei Municipal de Incentivo a Cultura, identificando as características da fonte de financiamento com foco no desenvolvimento artístico cultural local.

- Permitir aos participantes o adequado planejamento dos projetos, discutindo estratégias e estruturas que favoreçam o alcance aos objetivos finais dos mesmos.

Metodologia

A Oficina de Elaboração de Projetos tem um perfil técnico que abrange teoria e exemplos práticos, por meio de apresentação em “powerpoint”, texto base e participação de produtores culturais  em depoimentos pessoais. 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

BIBLIOTECA COMUNITÁRIA DO BAIRRO AEROPORTO É APROVADA PARA RECEBER RECURSOS DA FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL

Agora está confirmado, a Biblioteca Comunitária do Bairro Aeroporto, mantida pelo Movimento Pró Cultura, teve duas cotas de R$ 4. 125,00 (quatro mil cento e vinte cinco reais) ,  aprovadas pelo Edital   publicado no Diário Oficial da União – Seção 3, página 17-Nº 189, sexta-feira, 30 de setembro de 2011. De acordo com oEdital todas as Bibliotecas que se cadastraram  no Cadastro Nacional de Bibliotecas até o dia 07/12 serão contempladas com a renovação do acervo. 

Além do Movimento Pró Cultura, a FUNDARTE - Fundação de Cultura e Artes de Muriaé também teve uma boa cota aprovada e receberá os recursos para adquirir livros para a Biblioteca Pública Municipal. Vale lembrar, que os livros deverão custar no máximo  R$10,00(dez reais) e estarem a venda,  em postos de vendas credenciados pela Fundação Biblioteca Nacional. Os livros também deverão fazer parte de um cadastro e possivelmente poderão ser comprados pela Internet.


Os contemplados receberão um cartão magnético com os valores aprovados de crédito que poderão ser usados em qualquer Ponto de Venda credenciado. Para a Biblioteca Comunitária do Aeroporto os livros serão bem vindos e estarão a disposição dos usuários  em 2012. Nós, da coordenação,  estamos muito empolgados com os trabalhos desenvolvidos no incentivo a leitura e percebemos um avanço, na qualidade dos serviços oferecidos pela Biblioteca.

A notícia é muito boa,  e chega para fechar o ano com chave de ouro. Na oportunidade,  cumprimentamos e agradecemos  todos os colaboradores da Biblioteca Comunitária que é o nosso ponto de partida, a origem de tudo o que somos como instituição de produção cultural. Como dizia Monteiro Lobato,  e o lema usado por nós  há dez anos atrás: " Um Grande País se faz com Homens e Livros". então, que sejam  bem vindos os Livros ...Assim, faremos de nosso bairro, uma Grande Comunidade! 

domingo, 18 de dezembro de 2011

LANÇADO O INFORMATIVO 'FALA PAPAGAIO' NO AEROPORTO

Já está nas ruas da Comunidade o Informativo " Fala Papagaio" do Movimento Pró Cultura  do bairro Aeroporto. Essa publicação é mais uma ação do núcleo de comunicação da entidade e busca aproximar a entidade dos moradores do bairro. Quem não comunica se estrumbica já dizia o velho Abelardo Barbosa,  e seguindo essa máxima, o Papagaio está aprimorando suas ferramentas de comunicação.

O Informativo 'Fala Papagaio' foi criado esse ano, depois do Carnaval, para divulgar os feitos do Projeto Oficina de Percussão do Papagaio,  desenvolvido com apoio do CMDCA - Conselho Municipal de Direitos da Criança e Adolescente através do FIA - Fundo Munoicipal da Criança e Adolescente. Com boa aceitação pelos leitores o Informativo foi incorporado ao Projeto Ponto de Cultura que é desenvolvido no bairro Aeroporto.

A segunda Edição do Informativo 'Fala Papagaio' foi lançada na Assembleia Comunitária do Movimento Pró Cultura  e traz matérias referentes aos trabalhos desenvolvidos na comunidade pela instituição. A publicação também têm o objetivo de ser instrumento mobilizador do Bloco Carnavalesco que já  prepara  o seu desfile para a avenida no Carnaval 2011. 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

FUNDAÇÃO DA LIGA CARNAVALESCA SERÁ NA SEGUNDA FEIRA NO GRANDE HOTEL MURIAHÉ



Está sendo convocada uma reunião  para  o dia 05 de dezembro, segunda feira,  no Grande Hotel Muriahé,  para a criação da Liga Carnavalesca de Muriaé.  A Assembléia de fundação  da Liga contará com a presença de representantes das principais agremiações carnavalescas de Muriaé. A necessidade de fundar a entidade surgiu no momento que percebeu-se a importância da união em torno de objetivos comuns. Nesse caso, o objetivo comum a ser perseguido pelo poder público e agremiações  é o resgate histórico das tradições carnavalescas.

A liga está nascendo com a proposta de ser a entidade representante do   coletivo  das Agremiações e Entidades carnavalescas constituídas no Município de Muriaé,  junto ao poder público e iniciativa privada.    Como organização da sociedade civil buscará sempre  a preservação do Samba e da manifestação cultural carnavalesca local, suas tradições, usos e costumes, notadamente os advindos da contribuição  da Cultura Negra afrodecendente .

Outra característica que está marcando no processo de fundação da Liga Carnavalesca é o espírito democrático e participativo  das organizações carnavalescas  que se fazem presentes aos debates defendendo sempre  uma relação de independência e autonomia, mas,  com respeito, cordialidade, lealdade e moralidade  com o Poder Público e/ou Privado.

Enfim, acreditamos que um importante avanço está sendo conquistado no fortalecimento da maior festa popular do Brasil. Vamos aguardar os desdobramentos acreditando sempre no emponderamento da sociedade civil como protagonista de suas manifestações culturais. Então não esqueçam: Segunda feira, 05 de dezembro, às 18:00 horas - Assembleia de fundação da Liga Carnavalesca de Muriaé

sábado, 26 de novembro de 2011

BLOCO DO PAPAGAIO É INTEGRANTE DO PONTO DE CULTURA

O Bloco do Papagaio foi fundado a partir da Oficina de Percussão desenvovlida no bairro Aeroporto desde 2007, pelo Movimento Pró Cultura. Nos seus dois primeiros anos, contou com o apoio da Lei Municipal de Incentivo a Cultura e agora,  conta com apoio do Ponto de Cultura e também do FIA - Fundo da Infância e Adolescência de Muriaé através de projetos aprovados pelos respectivos Fundos e secretarias responsáveis.  Para o desfile de 2012, o Bloco do Papagaio pretende homenagear a periferia como território e conceito social. Ao exaltar  a cultura da periferia pretende-se valorizar o que tem de melhor nos bairros periféricos de nossa cidade, a arte e seus artístas. Com esse desfile pretende-se levar para a avenida 40 percussionistas mirins em um batuque que irá levantar a avenida. 


Já estão adiantadas as conversas para a definição do samba que irá embalar o desfile. Nesse sentido o compositor e intérprete MC Gilsinho trabalha incansavelmente para achar a rima certa para a música que será cantada pelo Papagaio na avenida. Por outro lado Mestre da Bateria Helinho já determinou que de agora em diante o batuque é só samba. E com isso, começa o processo de recrutamento de novos ritmistas que irão  formar a bateria Nota 10 do Aeroporto. O Bloco  do Papagaio é paixão e sentimento é puro pertencimento... é o Aeroporto e seu povo na avenida...é pura alegria!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

MAIS UM PASSO PARA CRIAÇÃO DA LIGA CARNAVALESCA DE MURIAÉ

Um grande passo foi dado no sentido de criação da LICAMUR - Liga Carnavalesca de Muriaé. Em reunião realizada na sede da Fundação de Cultura e Artes de Muriaé com a finalidade de fundar a entidade,  estiveram presentes os representantes das Escolas de Samba e blocos Carnavalescos da cidade. 

Desde o início do ano que a ideia de fundar a Liga vêm sendo amadurecida pelos dirigentes dos grupos carnavalescos de Muriaé.  E agora, o impulso que  faltava está sendo dado pela FUNDARTE através da coordenação do processo de criação da instituição que têm por fim representar coletivamente as Agremiações e Entidades carnavalescas constituídas no Município de Muriaé e que lhe sejam filiadas. 

Também podemos considerar como missão da LICAMUR a  busca permanente pela preservação do Samba e da manifestação cultural carnavalesca local, suas tradições, usos e costumes, notadamente os advindos da contribuição oriunnda da Cultura Negra afrodecendente enquanto patrimônio cultural imaterial;

 A liga está sendo fundada tendo como princípio o  espírito democrático e participativo na gestão das organizações carnavalescas e uma relação de independência e autonomia, com respeito, cordialidade, lealdade e moralidade destas com o Poder Público e com a Iniciativa Privada.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

BLOCO DO PAPAGAIO NA AVENIDA

FINALIDADES DA LIGA CARNAVALESCA DE MURIAÉ

-   São objetivos da Liga Carnavalesca, no cumprimento de sua missão e finalidade    Institucionais:

I-                   Congregar, defender, fiscalizar e representar coletivamente, na forma permitida em lei, as Organizações Carnavalescas que lhe sejam filiadas;

II-                Manter uma postura de resistência cultural em relação às manifestações culturais carnavalescas, ao samba e a cultura negra, no tocante a tendência e tentativas de dominação por parte de outras culturas, sem perder a visão do processo civilizatório nacional;

III-             Promover ações tendentes a tornar a gestão das organizações carnavalescas sempre as mais democráticas e participativas possível;

IV-             Estimular a diversificação da origem e fontes de recursos para o custeio da produção dos espetáculos carnavalescos e sustentabilidade institucional das organizações carnavalescas;

V-                Contribuir e promover a capacitação e profissionalização da mão de obra necessária à produção dos espetáculos carnavalescos e demais ações sócio-culturais e comunitárias das organizações carnavalescas;

VI-             Mobilizar e motivar a mobilização da comunidade para a pratica, o apoio, fomento e incentivo das manifestações culturais  carnavalescas e afins;

VII-          Fortalecer a capacidade realizadora das organizações carnavalescas e nas suas lideranças, dirigentes e membros a capacidade empreendedora e a cultura de cooperação e solidariedade;

VIII-       Prestar assessoramento, consultoria e orientação técnica na área do samba, carnaval e cultura negra a todos aqueles que neles tenham interesse e delas necessite, notadamente, os órgãos e instâncias do Poder Público Governamental.

(...)

MURIAÉ TERÁ LIGA CARNAVALESCA

As Agremiações carnavalescas de Muriaé estão se organizando para a criação da LICAMUR - Liga Carnavalesca de Muriaé. A reunião de criação está marcada para essa quinta feira ás 18:00 horas no Teatro Zaccaria Marques e contará com a presença de representantes das escolas de samba e blocos da cidade;

A necessidade de criar essa entidade já vem sendo percebida pelas agremiações e têm o objetivo de contribuir para o fortalecimento do Carnaval como festa da cultura popular. Participam da organização da LICAMUR os representantes da FUNDARTE, do Bloco do Papagaio, Canarinhos do Samba, Sambloco, Unidos do Santa Terezinha, Marambloco e Bloco da Amizade;

Com a criação da Liga Carnavalesca pretende-se melhorar ainda mais a organização do Carnaval 2012 agregando participação dos blocos e escolas de samba na tomada de decisões a respeito da organização da festa. Também pretende-se elaborar projetos para a captação de recursos junto aos editais de incentivo a cultura e também nas empresas privadas.

A Liga Carnavalesca será uma entidade fundada para ser a guardiã do samba e das culturas de matrizes africanas . Vai fortalecer nossas agremiações e resgatar a força dos antigos Carnavais de Muriaé

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

SAMBA DO PAPAGAIO 2011

PAPAGAIO NA FESTA DAS CRIANÇAS 22/10/2011


PAPAGAIO JÁ SE PREPARA PARA O CARNAVAL 2012

O Bloco do Papagaio já iniciou seus preparativos para o carnaval 2012  e deverá levar para a avenida um desfile alegre colorido e cheio de criatividade. A Intenção é trabalhar o tema " Cultura e periferia" já estão sendo mobilizados recursos humanos, financeiros e materiais para a realização de uma bela apresentação.

O bloco foi criado em 2007 através de um projeto apresentado á lei Municipal de Incentivo a Cultura  seu primeiro desfile foi no Carnaval da solidariedade que tinha como objetivo arrecadar mantimentos e doações para as vítimas das enchentes que atingiram a população de Muriaé naquele ano. Em 2008 renovou o projeto na Lei Municipal de Incentivo a Cultura e Esportes dando sequência a seus trabalhos sem interrupções.

Atualmente conta com apoio do CMDCA- Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Crianças e Adolescentes sendo também parte integrante do Projeto Ponto de Cultura Centro Comunitário desenvolvido com o apoio do Programa mais Cultura do Ministerio da Cultura e Secretaria Estadual de Cultura    de Minas Gerais. O Bloco do Papagaio também tem o apoio da Associação de Moradores do Bairro Aeroporto e de toda a comunidade local

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A HISTORIA DO BAIRRO AEROPORTO

INTRODUÇÃO
Com o objetivo registrar a história do bairro Aeroporto de Muriaé, foi proposto , uma parceria com o Movimento Pró Cultura, a realização de uma pesquisa que possibilitasse oferecer dados históricos sobre as origens do lugar habitado por milhares de pessoas. A saga de um povo contida na memória e contada pelos seus protagonistas, fez dessa pesquisa, um estudo instigante e necessário. Como procedimento metodológico inicial, foi realizada uma relação de moradores mais antigos , que poderiam ser entrevistados. Posteriormente,  foram feitos os contatos  e fprontamente atrendidos pelos colaboradores. Com isso, foram coletadas informações que serviram de fundamentação para o resultado final do trabalho que apresentamos agora.

Como instrumentos de pesquisa, usamos questionários que foram respondidos de forma espontânea. Usamos, ainda, gravador para registrar algumas dessas entrevistas. As atas da Associação de Moradores do bairro Aeroporto foram usadas como fontes documentais. E foram , ainda, digitalizadas fotografias antigas do bairro,  que estão a disposição nos arquivos do Movimento Pró Cultura.

A pesquisa durou aproximadamente três meses e, teve caráter cientifico com o interesse de valorizar a história e cultura de um bairro,  formado por pessoas simples , que muitas vezes  são discriminadas por morar em um bairro considerado pobre e de periferia.

CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS
A pesquisa foi desenvolvida no município de Muriaé-MG, uma cidade de aproximadamente 96.000 habitantes , sendo 51,49% do sexo feminino e 48,51% do sexo masculino. O colégio eleitoral possui 67.860 eleitores. Situada na Zona da Mata Mineira, á 350 Km de Belo Horizonte, a cidade é pólo regional no setor de confecções e atrai turistas que procuram a Central da Pronta Entrega das Fábricas para comprar produtos a preço mais baixo. O desenvolvimento desse setor , coloca o Município, entre os principais produtores da indústria de confecções do estado de Minas Gerais, inclusive contando com um consórcio de exportação, voltado para países do Mercosul. Além disso, a cidade destaca-se no cenário nacional com indústrias de capas para poltronas de veículos automotores, urnas funerárias e aglomerados, produção vendida para outros estados e exterior
                                                                                                                                  Foto: Sandro Areal Carrizo

A cidade se destaca no cenário estadual por ser entroncamento rodoviário de três importantes rodovias que dão acesso ao Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahía. É pólo produtor do setor agropecuário, se destacando na pecuária leiteira, que abastece laticínios do município e da região. Destaca-se no setor de piscicultura, sendo o maior produtor de peixes ornamentais do estado e um dos maiores do país. Na piscicultura de corte, possui aqüiculturas que produzem milhões de alevinos que são comercializado por todo o país.

A rede escolar do município, conta com 92 escolas, sendo 88 de ensino fundamental, e 7 de ensino médio, 16 creches, 01 escola de ensino especial e uma de suplência . Ainda no campo educacional, é importante destacar a organização da educação. O município possui o Sistema Municipal de Educação,  que foi instituído em 2002, pela Secretaria Municipal de Educação por meio da criação do Conselho Municipal da Educação. Na cidade, existe ainda , a sede da 23ª Superintendência Regional de Ensino, que gerencia o desenvolvimento e atuação das escolas pertencentes ao Sistema Estadual de Ensino, assessorando ainda, a educação de 14 municípios que fazem parte da sua jurisdição.

O BAIRRO AEROPORTO
Localizado na margem esquerda da Rodovia Rio Bahia ( Br 116), O bairro Aeroporto é um dos locais mais populosos da cidade de Muriaé. Sendo formado por milhares de famílias , que vieram dos mais variados lugares da região, é um bairro constituído de gente trabalhadora que habita em casas que compõem as inúmeras ruas, vielas e becos do bairro.
Faz divisas com o Bairro São José, Napoleão, Barra, Dornelas e Cardoso de Melo. É um bairro que é considerado "morro" e,  grande parte de seus moradores se encontram na parte mais alta de onde se tem a vista privilegiada da cidade. As casas são de construção em alvenaria sem luxo ou fachadas incrementadas.                                                                          Foto: Sandro Areal Carrizo

Atualmente o bairro conta com 18 ruas, sendo elas: Jose Rui Barbosa, Jose Olegário, Mario Zidone, Mário Serenário, Olinda Gardone, Manoel Correa do Prado, Santos Dumont, Jose Pedrosa, Pedro Minarini, Jose Thomas, Antônio Ramos, Benedito Videira, Vila Cavalhier, Lica Muglia, Travessa santos Dumont, Bárbara de Andrade, Valdomiro Inácio, Sebastião Jósino Costa.

O bairro Aeroporto, é servido por dois Postos de saúde, sendo um localizado na parte alta á Rua Santos Dumont, e outro na parte baixa localizado á Vila Cavalhier de nome Dr Clovis de Aquino, inaugurado no dia 31 de agosto de 1986. O bairro possui educação fundamental  que é oferecido na chamada de Escola Municipal Prof Stella Fidellis, fundada em 02 de outubro de 1992. A Escola atende os alunos do bairro e vizinhança e possui uma creche em anexo que atende dezenas de crianças. Possui ainda , o CRAS - Centro de Referência em Assistência Social que atende a população mais necessitada. O transporte urbano é efetuado pela Empresa Coletivos Muriaeense , que mantém uma linha diária com horários permanentes de 40 em 40 minutos.

No campo religioso, o bairro possui uma grande variedade de Igrejas evangélicas pentecostais das mais variadas denominações, dentre elas destacamos; Assembléia de Deus, Maranata, Deus é Amor. Conta ainda com Três, Comunidades Católica chamadas de : Comunidade Santo Antonio com Celebrações ás sextas e domingos, Comunidade Nossa Senhora do Carmo, situada na Vila Cavalhier e A Comunidade Santa Edwiges localizada próxima a Escola Stella Fidellis.

O bairro Aeroporto possui uma Associação de Moradores, que representa os anseios de seus moradores por meio de reuniões periódicas de desenvolvimento e planejamento de ações. No Aeroporto existe, ainda,  a atuação de uma ONG. denominada Movimento Pró Cultura que desenvolve ações de incentivo a cultura por meio de uma Biblioteca Comunitária e um Centro Comunitário , onde ocorrem aulas de dança, teatro, violão.

A CHÁCARA CANDÃO
No ano de 1847, chegou ao Brasil, juntamente com milhares de imigrantes, oriunda da Itália uma família que seria fundamental para o surgimento do bairro Aeroporto. O Patriarca desta família se chamava Sr Antonio Muglia e, entre seus muitos filhos, existia um de 9 anos que se chamava Pedro Muglia. O pequeno Pedro cresceu se tornou um lavrador e em Mirai , se casou com a Sra Lica Muglia por quem era apaixonado. Após o casamento o jovem casal se mudou para Muriaé , onde comprou com suas economias, a denominada Chácara Candão, nesta chácara teve 9 filhos. Tal chácara se localizava próxima a ponte de madeira na entrada de Muriaé, a sede da chácara era também próxima ao encontro dos rios Preto e Muriaé.

Na época,  a chácara Candão possuía uma grande área de pastagens, muitas arvores frutíferas e também uma área de árvores nativas,  dentre as quais se destacava um Pé de Papagaio que mais tarde,  iria dar nome ao bairro. Sr Pedro Muglia,  usava das pastagens para criar animais além de, alugar pasto para os fazendeiros que vinham do meio rural para negociar café no centro da cidade.

MORRO DO PEDRO MUGLIA
Com o passar do tempo, principalmente entre as décadas de 30 e 50, a atividade cafeeira que era a base econômica da região de Muriaé, entra em decadência em decorrência da queda de preço do produto no mercado internacional. Tal situação agrária, levou os grandes proprietários de terras dispensarem grande parte de seus empregados e meeiros. Tal situação ocasionou um movimento migratório  em direção ás cidades pólos. Muriaé, se tornou destino de milhares de pessoas que buscavam ocupação,  já que em seus lugares de origem já não havia como trabalhar. Este período coincide com a inauguração da rio Bahia, que foi um marco para o desenvolvimento regional e fator de atração para as populações das cidades vizinhas.
Foto: Sandro Areal Carrizo

No período citado acima, o sr Pedro Muglia colocou a venda lotes de sua chácara, dando inicio a um processo de povoamento que duraria mais de 30 anos,  originando o bairro que hoje é chamado de Aeroporto. Quando se mudaram para a chácara Candão os primeiros moradores passaram a chamar o lugar de morro do Pedro Muglia, que era considerado um benemérito , pois, além de vender lotes a um preço e condições satisfatórias, doou muitos outros . É importante ressaltar que muitos moradores que para cá vieram , ocuparam de forma ilegal, isto é, invadiram o local ergueram seus casebres e ali permaneceram mesmo que em condições precárias.

A primeira rua no bairro que estava surgindo foi a rua Pedro Muglia e a segunda rua chamou-se Lica Muglia,  digníssima esposa do fundador do bairro. A Vila Cavalhier,  tem este nome devida a família que habitava as terras intermediárias de Pedro Múglia e Frederico Napoleão. A estrada passou a ser chamada de Vila Cavalhier em homenagem a tal família.

MORRO DO PAPAGAIO
Quando o Pedro Muglia passou a comercializar seus terrenos e o bairro foi sendo povoado seu nome também foi sendo mudado pelo próprio povo que habitava o local. Ao invés de continuarem a chamar o local de Morro do Pedro Muglia, passaram a chamar o lugar de Morro do Papagaio, devido a existência de uma grande arvore Papagaio, que havia no local. Nessa época , mal havia trilhas de acesso e as casas eram em sua maioria feitas de sapé e pau -a - pique o que demonstravam as limitações financeiras dos moradores da comunidade em formação.

A única fonte de água disponível para os moradores durante muitos anos, era localizada próximo á ponte e rio, onde os moradores desciam o morro carregando latas de água na cabeça. Nesta fonte de água , trabalhou o Luiz Guimarães que desempenhou a função por 37 anos.
                                                                                                                            Foto: Sandro Areal Carrizo

Com o crescimento do comércio local , proporcionado pela sua localização estratégica a cidade de Muriaé, precisou de um Campo de Aviação. Sendo procurado pelas autoridades políticas da época, mais uma vez sr Pedro Muglia se demonstrou um benemérito doando para a cidade o terreno no topo do Morro do Papagaio, onde foi construído o Campo de Aviação. Nessa mesma época,  foi doado também, terreno para construção da escola Maria Antonia Muglia que funcionava no terreno , onde hoje é o CRAS - João Flores.

O AEROPORTO
O bairro Aeroporto, em sua evolução,  contou com infraestruturas que foram sendo introduzidas gradativas pelos prefeitos a partir da década de 70. Uma das administrações que mais fez para o bairro e uma das primeiras a considerar o Papagaio como um bairro., tinha como prefeito Paulo Fraga, que calçou várias ruas, colocou água encanada e puxou a luz . A primeira vez que os moradores ficaram sabendo que a pista de pouso iria ser asfaltada e que as pessoas que estivessem habitando o lugar teriam de se mudar ocorreu na reunião da Associação de Moradores no dia 31 de março de 1990. Em tal reunião os destinos de milhares de pessoas começaram a ser definidos. Com a palavra o deputado Airtom Torres Neves, comunica que conseguiu as verbas necessárias, junto ao governo estadual do Newtom Cardoso para o asfaltamento do aeroporto e do bairro planalto e que caberia ao prefeito municipal compensar as famílias prejudicadas com tal obra.

"O deputado Airtom Torres Neves obteve a palavra e desculpando-se pelo atraso, disse que conseguiu verbas com o Governador Nilton Cardoso o asfaltamento do campo de aviação, no dia 27 de abril será escolhida a firma que concluirá o serviço. Explicou ainda que o prefeito está em andamento com o projeto para restituir a cada morador prejudicado a sua casa ."

Nesta mesma reunião,  o prefeito municipal (Paulo Carvalho) anunciou que as obras se iniciariam em maio e todas as famílias que tivessem casas na área do campo deveriam sair com urgência e que a prefeitura daria lotes e materiais de construção, aos moradores que quisessem ir para o bairro Joannopolis e São Joaquim. Disse ainda,  que as casas seriam construídas em sistema de mutirão coma participação de todos. O prefeito com um discurso carregado de dpropostas de esenvolvimento anunciou ainda , a criação de uma escola para atender as crianças de todo o bairro e vizinhança. Nesta mesma,  reunião houveram  alguns questionamentos por parte de moradores e também do vereador Jair Abreu , que pediu prioridade para o asfaltamento das ruas de acesso ao Aeroporto e a abertura de novas salas de aula na Escola do bairro.

É importante ressaltar que a massa popular que habitava o campo de aviação não estava disposta a deixar o lugar conquistado. Mediante a isto, começou-se a organizar um movimento de resistência , que teve como grande líder o Pe Agostinho da Igreja Católica local. No intuito de mobilizar as lideranças e engajar a comunidade santo Antonio num movimento de solidariedade com os excluídos foram realizadas varias reuniões e manifestações que tinham por objetivo chamar a atenção da opinião publica sobre a forma desumana que estava sendo conduzido o processo de desocupação do campo.                              

Foto: Sandro Areal Carrizo


Iniciada a construção do Aeroporto , se deu um grande embate entre forças distintas. De um lado o Pe Agostinho, líder espiritual que tinha na bíblia e na solidariedade a força de sua luta . Por outro lado , Paulo Carvalho o líder político, o astuto e perspicaz prefeito,  que tinha interesses políticos na obra do Aeroporto . Em tal embate,  saiu perdendo o povo , que teve de se mudar e também o Pe Agostinho que foi para outra cidade, por meio da força do prefeito. Deste embate , temos registros de uma reunião realizada pela Associação de Moradores, onde fica claro o posicionamento das partes do conflito.

“Quanto o asfaltamento do aeroporto ele explicou ele explicou sobre as inverdades que o Pe Agostinho está falando. Ele disse que o aeroporto é propriedade do estado, e indispensável para o desenvolvimento da cidade e que o aeroporto asfaltado é uma fonte muito grande de empregos devido ao surgimento de grandes empresas. (...) Falou sobre sobre a invasão que o pe Agostinho incentiva no aeroporto dizendo que o mesmo não aceitou ajuda da prefeitura para legalizar em outro local a vida dessas pessoas"

O que pôde-se obter como lição, nesse episodio, foi que resistência popular liderada por uma pessoa de grande influencia religiosa não é o suficiente contra o poder político e econômico. O Pe . Agostinho era pároco da Paróquia da Barra e celebrava na Comunidade Santo Antonio. Em suas homilias, o padre sempre pregou o evangelho em favor dos podres. Neste sentido, ele se posicionou do lado dos mais fracos e excluídos, que eram os moradores que habitavam os inúmeros casebres situados na parte que iria ser asfaltada. Pe Agostinho, o homem de Deus , defensor dos humildes foi considerado como o inimigo Nº 01 de Muriaé. Neste embate, sabe-se que Pe Agostinho saiu perdendo pois ,foi transferido para outra paróquia no estado do Rio de Janeiro. Quanto ao lado dos mais poderosos e interessados na construção do Aeroporto, levaram adiante seu projeto desenvolvimentista, porém, até hoje as obras ainda não foram concluidas.

Neste processo de transferência de moradores de um bairro para outro , surge o bairro Joannopolis, que é constituído por pessoas que moravam no bairro Aeroporto

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Não se pode dizer que encerramos o trabalho e,  nem que o assunto está esgotado. O mais importante destacar que a história de uma comunidade vem sendo construída na saga de seu povo e na valoração das raízes culturais que permeiam a comunidade do bairro Aeroporto.

Realizar este trabalho permitiu retornar aos primórdios do surgimento do bairro Aeroporto. Na oportunidade,  é importante ressaltar e agradecer a colaboração dos entrevistados, da Associação de Moradores e todos os que diretamente ou indiretamente permitiram asa ações dos pesquisadores do grupo JUBONC - Jovens Unidos na Boa Nova de Cristo (Pastoral da Juventude).

Como proposta para trabalhos futuros, cogita-se a possibilidade de continuar a coletar materiais e informações no sentido de construir um acervo histórico e possivelmente algo a publicar posteriormente. È importante destacar que as informações contidas possuem o intuito de fortalecer as raízes e romper os horizontes do desenvolvimento sóciocultural de nosso povo humilde mas trabalhador.

Texto: Sandro Areal Carrizo
Entrevistados :
MARIA DA CONCEIÇÃO DE JESUS- 48 ANOS
MORADORA DO BAIRRO A 35 ANOS.

MARGARIDA MUGLIA- 84 ANOS
MORADORA DO BAIRRO .
Fontes
LIVRO DE ATAS DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO BAIRRO AEROPORTO. MURIÁE - MG, Nº 01- 1987.

BLOCO DO PAPAGAIO NA FAMINAS

terça-feira, 5 de abril de 2011

Maria Bethânia, seu blog e o fomento cultural

A discussão é interessante e a repercussão do caso Bethânia(e seu blog) vem gerando desdobramentos na sociedade e no setor artístico como um todo. Percebe-se que as distorções da Lei Rouanet permitem que, o artísta consagrado, faça seu projeto e dispute o edital. Caso aprovado, está apto a captar recursos junto a iniciativa privada. Há muitos anos é assim, e esse projeto de Maria Bethânia apresenta tamanha repercussão, pelos valores exorbitantes que foram apresentados ao MINC. Existe tanto exageiro que me recuso a publicar as cifras.

E, pegando o embalo, também precisamos de dabater a Lei de Incentivo a Cultura Municipal.
Afinal, é um mecanismo importante de fomento artístico e cultural que está perdendo seu foco. Primeiro houve uma emenda acrescentando os projetos de esporte e no fim do ano passado, entrou no edital, o setor de turismo. Tanto o esporte quanto o turismo possuem seus próprios ministérios e suas políticas e projetos não precisam ser finaciados com a minguada verba da cultura.

Cabe aos produtores culturais terem essa percepção e buscarem o diálogo com os gestores da área. Para se ter uma ideia,
a Lei Alcyr Pires Vermelho foi modificada recentemente para poder apoiar projetos de Turismo. Porém, o Fundo Municipal de Cultura continuou com os mesmos recursos do ano anerior(150.000,00). A lógica seria, com aumento do leque de projetos apoiados viria o aumento quantitativo de repasses para o FMC., e isso não ocorreu.

Vejo o Fomento Cultural como um tema interessante de ser discutido no Conselho Municipal de Políticas Culturais.


quarta-feira, 30 de março de 2011

BLOCO PAPAGAIO INABILITADO NA MUNICIPAL DE INCENTIVO A CULTURA

O Papagaio está ferido por um corte profundo em seu orçamento de 2011. Depois de fazer uma linda festa no carnaval foi abatido e está com a ASA quebrada. Como disse um amigo do Papagaio; tomamos uma cacetada. Se o Papagaio fica triste a comunidade também fica e para fazer um breve desabafo o Papagaio faz algumas considerações.

O Papagaio não se dirige a ninguêm especificamente e aproveita a oportunidade que possui para afirmar sua missão de contribuir para o desenvolvimento do bairro Aeroporto. Se erramos na apresentação do projeto vamos aprender com o erro e tentar novamente o ano que vêm. Outros editais virão...


O Papagaio teve seu projeto inabilitado por questões técnicas na apresentação de seu projeto na lei Alcyr Pires Vermelho de Incentivo a Cultura. Segundo a COMICE os documentos comprovantes de residência não estavam atualizados. Pois bem, o que é estar atualizado para a COMICE ? O Edital não está claro e consideramos que foi questão de interpretações distintas.

Para um edital lançado em janeiro documento de dezembro ou novembro do ano anterior é ultrapassado não podendo ser considerado. Respeitamos a decisão da COMICE e discordamos do rigor e da desconsideração com os projetos que foram inabilitados. A CND- Certidão Negativa de Débitos também pode ser considerada documento legal para efeitos de comprovar residência.

A Lei Municipal de Incentivo a Cultura está sendo desconfigurada de seus princípios básicos a cada emenda realizada. Primeiro foi os projetos esportes que passaram a disputar recursos com os projetos culturais. Podemos afirmar que vários projetos culturais foram reprovados em detrimento desse remendo mal feito na lei. Agora, recentemente mais uma costurada mal feita,  introduzindo o Turismo na disputa por recursos.

Os projetos de Cultura estão sendo excluidos da política pública em função da pulverização dos recursos com os esportes e turismo. Os gestores municipais precisam  valorizar mais a cultura popular como ela merece.

O Papagaio considera que o rigor draconiano prejudicou seu projeto e espera algum dia voltar a trabalhar com recursos da Lei Municipal de Incentivo a Cultura. O Papagaio considera que é uma política pública importante que precisa de ser discutida com gestores culturais e artistas em geral . Não se pode adiar esse debate que deve ter como tema a Política Cultural de Muriaé.

Enquanto isso vamos ficando por aqui.